Um boletim da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgado às 14h desta terça-feira (10) mostrou que a maioria das estações de monitoramento de qualidade do ar, instaladas na Região Metropolitana de São Paulo, indicou qualidade “ruim”. A Cetesb utiliza cinco estágios na medição da qualidade do ar: boa (índice de 0 a 40), moderada (41 a 80), ruim (81-120), muito ruim (121-200) e péssima (acima de 200).
Das 22 estações de monitoramento na cidade, 14 indicaram “ruim”; três “muito ruim”; e cinco “moderado”. Na tarde da segunda-feira (9), às 17h, 10 das 22 estações indicavam qualidade do ar “muito ruim”, outras 10 mostravam “ruim” e apenas duas registravam qualidade “moderada”.
Segundo a Cetesb, o principal poluente na região metropolitana é o MP2,5 – material particulado fino – que tem diâmetro de 2,5 micrômetros ou até menos. Por causa do seu tamanho diminuto, esse tipo de poluente penetra profundamente no sistema respiratório e está relacionado a riscos maiores de doenças cardíacas e pulmonares.
Área mais poluída
O local com pior qualidade do ar na tarde da terça-feira, às 14h, era a região do bairro dos Pimentas, em Guarulhos (SP), com índice 138. Na tarde da segunda (9), a área mais poluída era a região da Ponte dos Remédios, na Marginal do Tietê, com índice 163.
Possíveis medidas
Para a diretora-executiva do Instituto do Ar, Evangelina Araújo, diante da piora da qualidade do ar em razã, principalmente das queimadas, as autoridades federal e estaduais deveriam adotar medidas mais rígidas para evitar casos de síndromes respiratórias. Ela cita como exemplos a diminuição da circulação de caminhões movidos a diesel; gratuidade e incentivo ao uso dos trens metropolitanos, para reduzir o número de veículos nas ruas; a suspensão das aulas escolares, e a paralisação de indústrias que emitem níveis elevados de partículas na atmosfera.
À população, enquanto a umidade do ar continuar nessas condições, Evangelina Araújo recomenda beber muita água, fechar as janelas e portas de casa para evitar a entrada da poluição, usar ventiladores e colocar toalhas molhadas nos ambientes mais usados, para aumentar a umidade.
Fonte: Agência Brasil
Foto de topo: Paulo Pinto/Agência Brasil
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