Trazer obras que reflitam a estética, os saberes e as tecnologias das periferias através de esculturas de pequenas casas e fotografias é a proposta da exposição “Quebradinha: escrevendo o hoje para que o amanhã não fique sem ontem“, do artista plástico Marcelino Melo (@quebradinha_). A exposição está aberta para visitação na Área de Convivência do Sesc Itaquera (Av. Fernando do Espírito Santo Alves de Mattos, 1000 – Itaquera) até o dia 15 de dezembro, gratuitamente, de quarta a domingo, das 9h às 17h.
O projeto Quebradinha começou em novembro de 2019 a partir das pesquisas do artista na região da Zona Sul de São Paulo, onde mora, e se estendeu por outras periferias, onde Marcelino encontrou similaridades nas construções. Ao observar a periferia de cima, através de fotografias feitas por ele com drones, percebeu elementos que se repetem e que caracterizam as construções da região.
As obras, que demoram em média quatro meses para ficarem prontas, têm o intuito de trazer identificação imediata em todos os que moram ou já frequentaram as periferias da cidade, e refletem o diálogo entre fotografia e artes plásticas, uma vez que partem da observação área e culminam na construção das casinhas. Cada miniatura construída tem também o objetivo de ser um registro histórico do viver nas favelas e comunidades, com seus modos de fazer e suas características próprias. Nas palavras do artista, “território, memória e afetividade: esses três são os eixos principais da pesquisa inteira, do que é a Quebradinha.”
O artista
Nascido no interior de Sergipe, Marcelino Melo, ou Nenê, como é conhecido no bairro do Campo Limpo, onde mora há mais de 15 anos, constrói esculturas de pequenas casas com materiais recicláveis, como papelão, garrafas PET, tampinhas e MDF, que ilustram a vida na periferia da cidade.
Foto de topo: Léu Britto
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