7 motivos pelos quais o show do Black Flag em São Paulo é imperdível
Se você acompanha o Sobreviva em São Paulo, já deve saber que a capital paulista recebe neste ano a ilustre visita de uma banda que é considerada uma verdadeira lenda do punk rock e que carrega nos ombros o glorioso peso de ser um dos principais nomes do gênero de todos os tempos. Estamos falando da banda californiana Black Flag, que pela primeira vez em mais de 40 anos de história se apresenta no Brasil, em show único marcado para o dia 07 de julho, no Carioca Club, na Zona Oeste de São Paulo.
Marcado por um história bastante movimentada, não é à toa que o Balck Flag alcançou o status que tem até hoje. Por isso, é um privilégio ver a banda ao vivo, mesmo com uma formação muito diferente da época áurea. Então, vamos resumir em 7 fatos porque o show do Black Flag é histórico e deve ser apreciado por todo fã de punk rock e até por quem simplesmente gosta da história do rock:
1. O co-fundador da banda vai estar no palco do Carioca Club
A formação do Black Flag que desembarca em São Paulo tem o guitarrista Greg Ginn, que fundou a banda há 43 anos, quando o grupo ainda tinha o nome de “Panic”, antes de mudar para o atual, em 1978. Sendo assim, Ginn esteve presente em toda a trajetória do Black Flag – exceto quando a banda entrou em período de hiato, é claro. Greg fundou também o selo musical SST Records, responsável pela gravação da maioria dos álbuns do Black Flag e por lançamentos de grupos como Bad Brains, Sonic Youth e The Saints, entre outros.
2. A banda se transformou e melhorou ao longo do tempo
Um dos fatores que fez o Black Flag ser admirado por bandas e fãs de outros subgêneros do rock além do punk rock é a transformação da sonoridade da banda no decorrer do tempo.Tendo começado com um som essencialmente punk, nos anos 80 o grupo englobou elementos do heavy metal e até do jazz, extrapolando os limites do punk rock (mas sem perder a essência punk) e alcançando mais fãs. Além disso, principalmente após a entrada do vocalista Henry Rollins, as letras do grupo ficaram mais “sérias” que antes, mas ainda mantinham a atitude punk rock.
3. O Black Flag influenciou fortemente o hardcore e até o grunge
Além de ter sido uma força motriz no surgimento do hardcore, a incorporação de elementos além do punk rock foi vista também nas apresentações ao vivo da banda, que começava a fazer um som mais pesado e lento nos shows, com guitarras extremamente distorcidas intercaladas com paradas silenciosas. Muitos dizem que isso se tornou uma forte influência na sonoridade do grunge, subgênero do rock que surgiria em Seattle pouco tempo depois.
4. A banda é um exemplo nato do DIY
Sem nunca ter passado pelas mãos de nenhuma grande gravadora, o Black Flag sempre seguiu sua trajetória na base do DIY (“Do It Yourself”, ou, em português, “Faça Você Mesmo”), ou seja, toda a notoriedade que a banda conquistou foi por conta de seu próprio trabalho, sem o apoio de gravadoras ou selos imponentes.
5. Músicos icônicos já fizeram parte do Black Flag
Ao longo da quadragenária carreira do Black Flag, muitos (muitos mesmo!) músicos já passaram pela banda, seja por pouco ou muito tempo. Alguns deles hoje são conhecidos por formarem ou terem feito parte também de outras grandes bandas de rock, como Keith Morris (Circle Jerks e OFF!), Dez Cadena (Misfits), Henry Rollins (Rollins Band), Bill Stevenson (Descendents e All) e Chuck Biscuits (Circle Jerks e Social Distortion), entre outros.
6. A história da banda virou livro
Sim, o Black Flag teve os dez primeiros anos de sua movimentada história resumidos em um livro. “Spray Paint the Walls: The Story of Black Flag” foi lançado em 2011 e contém entrevistas com Greg Ginn, Henry Rollins (principal vocalista) e Chuck Dukowski (antigo baixista). A obra, escrita por Stevie Chick e lançada em 2011, está disponível (apenas na versão importada) no site da Livraria Cultura. Clique aqui para conferir mais detalhes.
7. Um skatista multicampeão está nos vocais
O grupo faz esta turnê latino-americana com o famoso multicampeão skatista de Long Beach Mike Vallely nos vocais. Vallely está na banda desde 2014 e já havia cantado em 2003 no projeto solo de Greg Ginn, chamado “Good for You”. Parece que tanto Greg quanto os fãs aprovaram o skatista como o novo vocalista!
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Observação: o Sobreviva em São Paulo não se responsabiliza por possíveis alterações nas informações acima, que são válidas até a data de publicação.