H2O em São Paulo: entrevistamos o vocalista Toby Morse!
Neste sábado (29/09), o H2O desembarca em São Paulo para fazer seu sexto show em solo paulistano. A banda novaiorquina de hardcore, uma das mais significativas do movimento conhecido como “New York Hardcore” (NYHC), sobe ao palco do Fabrique Club (Rua Barra Funda, 1071 – Barra Funda) depois de ter feito dois shows na Colômbia e um no Chile – e encontrado casas cheias, com direito a show sold out – e de tocar na Argentina, no Rio de Janeiro e em Curitiba de hoje até o dia 28.
Com abertura das bandas nacionais Questions e Instável, o grupo norte-americano traz à capital paulista a tour comemorativa de 10 anos do álbum “Nothing to Prove” (2008), considerado por muitos um disco clássico do hardcore (e que você ouve na íntegra pelo Spotify clicando aqui). No show, Toby Morse (vocal), Rusty Pistachio (guitarra), Todd Morse (guitarra), Adam Blake (baixo) e Todd Friend (bateria) devem tocar todas as músicas do álbum aniversariante e outras que fazem parte da sólida carreira da banda, iniciada em 1995. Ainda há ingressos à venda para a apresentação e você confere como adquirir o seu e fica por dentro de mais informações lendo esta matéria.
O Sobreviva em São Paulo fez uma breve entrevista com o vocalista Toby Morse, conhecido também por ter voz bastante ativa em relação a questões sociais – e que antes de fundar o H2O era roadie de outra banda influente do NYHC, o Sick Of It All. Ele falou sobre racismo, a nova geração de jovens, os fãs de hardcore, sobre “Nothing to Prove”, o que podemos esperar do show e… açaí na tigela! Confere aí:
O próximo sábado vai marcar a sexta vez que o H2O vem tocar em São Paulo. Nas vezes anteriores, vocês tiveram tempo de “turistar” pela cidade? Quais lembranças você tem de São Paulo e dos shows que a banda fez por aqui?
Toby Morse: Passeamos pela cidade. Para mim, AÇAÍ NA TIGELA (é a melhor lembrança). Os shows todos tiveram uma energia incrível e a galera cantou junto com a gente.
Pelo pouco que conhece de São Paulo, você vê alguma semelhança da cidade com Nova York?
Toby Morse: Toda cidade grande me lembra Nova York. A energia e as pessoas.
Entre outros temas, o H2O luta abertamente contra o racismo, um problema presente em praticamente todo o mundo. Como você enxerga a questão do racismo hoje em dia? Como acha que as novas gerações podem diminuir o racismo no mundo?
Toby Morse: Bem, nosso presidente não nos ajudou a combater ou acabar com o racismo. Então, como sempre, são as pessoas e não qualquer governo que fará isso. Temos que protestar nas ruas para lutar contra esse problema e usar nossas vozes para espalhar AMOR para todas as comunidades.
A nova geração de jovens é extremamente incrível. Eles estão se expressando e tomando atitudes todos os dias, contra todas as injustiças que acontecem. Especialmente com as redes sociais dos dias de hoje. Todos estão usando suas vozes.
Ok, a pergunta é clichê, mas eu tenho que fazê-la: você vê alguma diferença do fã de hardcore sul-americano para o fã de hardcore de outras partes do mundo? Qual?
Toby Morse: Os fãs de hardcore possuem a mesma mentalidade, todos nós temos uma paixão por mudar o mundo e não sermos passivos. Nós vamos contra a corrente da sociedade. Nós somos os excluídos e os esquisitos juntos. Todos os fãs pelo mundo são apaixonados e realmente amam a música e a mensagem que ela passa. Muitos dançam e “mergulham” na música de formas diferentes, mas a música conecta todos nós!
Esta turnê é comemorativa aos 10 anos do “Nothing to Prove”. Na sua opinião, o álbum é o principal do H2O?
Toby Morse: De todos os álbuns que gravamos, “Nothing to Prove” é o meu favorito. Tem as letras mais sentimentais que eu já escrevi!
Além das músicas do “Nothing To Prove”, o que mais os fãs paulistanos podem esperar da banda no show de sábado?
Toby Morse: Músicas de todos os álbuns! Estamos muito ansiosos!
Sobre o autor
Piero Paglarin
Publicitário, especializado em Marketing e Comunicação Integrada. Amante da vida, encantado por pessoas e suas singularidades. Fã inveterado de filmes de terror, ouvinte assíduo de música jamaicana e rock pesado. E, claro: Vai, Corinthians!