Dia 9 de julho é feriado em São Paulo. A data marca um dos principais eventos na história da cidade e traz com ela o nome de uma importante artéria no trânsito paulistano: a Avenida 9 de julho. Entre corredores de ônibus, edifícios antigos e modernos, mirante, faculdades, hospitais, comércios e residências, o local até hoje passa por mudanças.
Com cerca de 76 anos de história, após sua construção, esta via perpassa toda a história da cidade e traz muitos acontecimentos, relatos, instituições, segredos e até crimes.
As obras que iniciaram a avenida, sua urbanização e decadência sempre foram assuntos rodeados de polêmicas nas administrações municipais. Por ser um marco da cidade, toda e qualquer ação na região causa um grande impacto.
Nos últimos tempos, observamos as primeiras ações do prefeito João Dória em sua gestão com o programa Cidade Linda em toda extensão da 9 de julho.
Você acha que sabe tudo sobre a Avenida 9 de Julho? Aqui vão 9 fatos que podem surpreender os moradores da capital paulista.
1 – A Avenida 9 de Julho foi batizada em homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932. O Estado de São Paulo enfrentou o governo Getúlio Vargas exigindo uma nova Assembleia Constituinte, novas eleições e o fim do governo provisório.
2 – Sua construção foi planejada para ter início na década de 20, mas as obras só começaram em 1941, com as gestões seguidas dos prefeitos Fábio Prado e Prestes Maia.
3 – O túnel da 9 de julho passa aproximadamente trinta metros abaixo da Avenida Paulista. Levou um ano para ser construído e custou 17.192 mil contos de reis. Desde 2011 seu nome oficial é Daher Elias Cutait.
4 – A Praça 14 Bis já foi um bebedouro para os cavalos de carroceiros que faziam compras no Mercado Central. Na época, a Avenida era repleta de mato.
5 – No século XIX, a Praça da Bandeira era um local onde acontecia leilões de escravos. A Praça é uma junção do Largo do Bixiga com o Largo do Piques, onde chegavam grandes carregamentos na cidade, como o de açúcar, por exemplo.
6 – O Hotel Cambridge, hoje desapropriado pela Prefeitura, já foi um dos maiores da cidade. Seu funcionamento já abrigou balada, bar e a rotina de um dos mais badalados lugares para se hospedar nos anos 50.
7 – Em 1974, um incêndio tomou conta do Edifício Joelma. O incidente marcou a população paulistana. Ao todo 179 pessoas morreram e aproximadamente 300 ficaram feridas. A tragédia até hoje persegue o prédio com a fama de ser mal assombrado por 13 pessoas que morreram carbonizadas no elevador.
8 – Uma pintura com influências cubistas foi encontrada no Edifício Brasilar, construído em 1973. Devido a uma série de inundações que acometeram o local, não foi possível identificar seu criador. Suspeita-se de que tenha sido alguém de renome. A obra já foi avaliada e considerada com valor artístico.
9 – O Condomínio Edifício Barão de Ramalho, inaugurado em 1940 no auge da Avenida Nove de julho, foi cena de um crime no fim dos anos 80. Um dos casos de assassinato do Maníaco do Trianon aconteceu num dos apartamentos.
Atualizado em 02/2021
Foto por sergio souza em Unsplash