O viaduto é do Chá, mas a hora é de churrasquinhos.
Já parou para reparar no tanto de carrinhos de rua que vendem comida em São Paulo? São tantos que nem em mil vidas você conseguiria comer em todos. Eu bem que tentei, mas desisti, a cidade é muito grande.
Então troquei a missão: Tentar comer todos os churrasquinhos de rua de São Paulo. Difícil, mas não impossível.
Meu primeiro churrasquinho de rua foi comprado pela minha namorada para me incentivar a escrever sobre o mundo da carne. O espetinho de capa de contrafilé era feito pela heroína Dona Ângela.
Seu churrasco era muito bem improvisado em uma churrasqueira de alumínio montada na rua seguindo assim, as regras dos bons churrasquinhos de rua.
Fazer churrasco é uma arte que muitos poucos dominam e já adianto caro leitor, Ângela manjava. Imagina ter que cozinhar sem as condições necessárias. Contra o vento, na chuva, na garoa e com medo dos guardas chegarem e tomar toda a sua mercadoria e levar o seu dinheiro.
Dona Ângela me contou uma história enquanto esquentava o meu espetinho. Alguns guardas haviam levado toda a sua carne uns dias atrás e todo o carvão: “Certeza que eles fizeram um belo churrasco, filhos da puta”
Ela me entregou e o espetinho.
O acompanhamento estava fraco, apenas uma farinha e nada de pimenta, mas tudo bem não gosto de pimenta.
A opção de sabores eram bem variadas: carne, linguiça, frango e queijo coalho.
Quem sou eu para julgar qual o melhor churrasquinho de rua, porém me arrisco a dar uma nota: de 0 a 14, o churrasco da Dona Ângela tirou 14.
3 pontos pelo sabor
5 pontos pelo atendimento
6 pontos pela vontade em querer trabalhar e não desistir mesmo depois dos guardinhas tomarem a sua mercadoria e acabar com seu trabalho.
Valeu Dona Ângela e na próxima vou querer o espetinho de queijo que estava com uma cara ótima.
Assim eu continuo a minha busca pelo churrasquinho perfeito em São Paulo. E caso você conheça algum legal é só me indicar. Vamos juntos degustar essas iguarias.