Quantas pessoas chegam a São Paulo com esperança de encontrar um lar e aqui depositam a sua energia? Quantos acreditam que São Paulo tem o poder de mudar vidas?
Qual a magnitude da fé dos que chegam a esta terra buscando “vencer na vida”?
Qual a dimensão da força daqueles que superam barreiras e ultrapassam desafios todos os dias?
São Paulo é uma mulher marcante, aquela que enche os olhos de quem vê de longe. De perto, propõe infinitos questionamentos. Deixa angustiado, feliz, pleno e vazio ao mesmo tempo. É aquela que deixa entretido, enriquece culturalmente, faz conhecer lugares novos, sempre tem uma novidade para contar e uma mudança no visual para surpreender.
A paixão por essa diversidade, mantém a cidade viva e continua atraindo muita gente para estas bandas em busca de novos ares e amores para florescer. Amor por um novo trabalho, novas perspectivas, uma nova chance na vida. Amor por um modo de viver, pela liberdade ou pela pluralidade. Amor à própria vida que faz mudar tudo para dar fôlego a novos horizontes.
Da 25 de março ao capão redondo, dos Jardins às periferias da Zona Leste. Há sempre uma nova faceta dessa gigante. Gigante com coração de mãe, que sempre cabe mais um. Muitos aqui são recebidos de portas abertas, já para outros a necessidade de bater na porta ajuda a sobreviver. Mas como é sobreviver aqui?
O Sobreviva em São Paulo começa agora uma série de entrevistas com paulistanos. Gente que chegou agora, gente faz daqui a sua terra natal, gente que todos os dias inventa a sua rotina para viver. Vamos contar histórias de quem faz dessa terra um lar. De quem se propõe a viver uma diversidade de sensações desde as variações climáticas até à pressa constante pelos corredores do metrô.
A nossa São Paulo é uma senhora bem sábia, aprendeu a receber e já foi muito anfitriã. Mesmo assim ela ainda pode excluir, acolher, fazer brilhar ou esconder.
Vamos descobrir a cidade pela voz dos que aqui habitam, dos que aqui sobrevivem.
Atualizado em 03/2021
Foto por Nathana Rebouças em Unsplash