Essa amarga e às vezes doce história de crescer

Essa amarga e às vezes doce história de crescer

Eu tive que crescer sem querer. Tive que largar minhas horas de ócio jogado no sofá da sala, deixar de lado o controle do videogame e os gibis e me aventurar a acordar cedo para ‘’ser alguém na vida’’ um dia. É para isso que todos lutamos, não é? Nós queremos isso.

Mas essa luta uma hora cansa. Você para, pensa, reflete e nem mesmo entende mais seus próprios anseios e vontades. Passa a viver no piloto automático: acorda, anda, vive, come, dorme e refaz tudo no outro dia. E se você quer um conselho de quem faz isso atualmente, é bom parar tudo e rever a estrada que passou e todos os quilômetros que você ainda tem lá na frente.

Pense no seu futuro, veja quem você quer ser. Viver sem pensar direito no que faz permite alcançar esse objetivo? Andar por aí e trabalhar puramente pelo sentido mecânico e prático da palavra tem feito de você alguém melhor? Não? Está na hora de mudar.

Largue seu piloto automático, tome as rédeas de sua história futura e caminhe de maneira a atingir metas. Não deixe a vida carregar teus atos, faça com que ela entenda que ela sim tem que engolir o seu querer, o seu pensar. Faça da vida o que você quer que ela seja, e não o contrário.

Troque a roupa de ir para o trabalho, escreva sobre qualquer coisa em um papel e deixe-o perdido na mesa, não perca ideias, não reclame tanto de tudo, beije mais, esqueça mais problemas, ame mais (inclusive a si mesmo), leve a vida menos a sério. Viva tudo aquilo que só pode ser aproveitado fora do piloto automático, guarde as meias do avesso, coma omelete com banana (é estranho, mas é gostoso), veja um filme francês que você sempre pensou que seria chato e ignore críticas.

Pense que o trabalho só significa algumas horas de seu dia, e o resto do tempo é seu, só seu.

Encha a vida de Doritos, tome mais sucos esquisitos e refrigerantes de outros estados. Corra atrás das coisas, a cadeira não te leva para lugar nenhum. Abrace mais seus pais, diga mais “eu te amo” e sinta a vida mais leve.

Respire. Seja você mesmo o protagonista deste livro que é a sua vida, pois ele só você pode escrever.

Eu estou pensando em como recomeçar o meu em outra edição, com capa mais bonita e letras capitulares em cada início. E você? Como você quer o seu final?

Atualizado em 02/2021
Foto por Ben Wicks em Unsplash

Sobre o autor

Um cara que é estudante de jornalismo (quase) dedicado, com uma barba ruiva que só vê barbeador (bem) de vez em quando e que gosta de tentar entender o que se passa pela cabeça das pessoas. Meio maluco, mas se entende com a bagunça que é sua mente, gosta de videogames e quadrinhos e é aficcionado por buscar explicações (não) científicas do mundo em que vocês acham que ele vive. Tudo isso enquanto toma uma xícara de chá e ouve discos de vinil de várias décadas atrás.

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