Essa semana aconteceu um fato interessante que decidi compartilhar por essas bandas…
Estava andando na rua com meus fones de ouvido tocando Back Down South pelo Music Player nativo do meu aparelho celular. Chegando na portaria do trabalho, pausei a música e procurei minhas chaves. (…) Depois de algum tempo sentado em minha cadeira, percebi que estava tudo tranquilo, coloquei um fone no ouvido – para o caso do telefone fixo tocar – e quando apertei o botão de despause, a música que estava tocando no Spotify quando estava em casa começou a tocar. Não deu pra entender muito, não é mesmo? Bom, eu demorei um pouco para entender, mas, descobri que o celular “entende” quando está conectado no WiFi e conecta-se ao Spotify, economizando os dados da operadora para outros aplicativos. Logo, quando sai do trabalho e outra vez despausei a música, Kings of Leon voltou a tocar.
(18% de bateria restante)
O que gostaria de colocar sobre os holofótes é o quanto a tecnologia já substituiu o fator humano. Em pouco tempo, as tradições de família deixarão de existir. Os contadores de história da Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação – próxima ao Metrô Anhangabaú) deixarão seus postos, em alguns anos, todas os arquivos e dados estarão disponíveis em um acervo virtual, substituindo o cheiro dos livros vez ou outra empoeirados (que eu adoro).
Logo mais não existirão os livros de receita da vovó, apenas arquivos de PDF com receitas no tablet. Nem tente procurar algum papel com alguma anotação no rodapé com coisas do tipo “mais um pouco de leite para deixar mais cremoso” ou “não coloque muito sal se quiser por queijo ralado na massa”. Esqueça, o mundo da casa das avós que cheiram à bolo de cenoura com cobertura de chocolate está rumando ao fim.
(11% de bateria restante)
Os smartphones estão criando pessoas burras, ou melhor, pessoas preguiçosas. Antigamente ligávamos para nossos amigo para combinar de nos encontrar no bar Estadão (Viaduto Nove de Julho, 193) para comer um sanduíche de pernil – o melhor da cidade – e tomar aquela cerveja trincando , dar boas gargalhadas contando histórias engraçadas da redação. Hoje em dia, um grupo no Whatsapp parece resolver. Nos encontramos com uma frequência bem menor. Temos tempo para responder mensagens alheias. Não temos tempo para conversar quando encontramos algum amigo na rua. Temos tempo para tirar 8 selfies para criar uma colagem no Instagram – e ganhar várias curtidas – mas, não temos tempo para beliscar mais um pedaço de provolone à milanesa, afinal, a bateria do celular está chegando ao fim e ainda há um longo caminho até em casa.
(6% de bateria restante)
– Só não posso ficar sem bateria! – brinca alguém na mesa do restaurante ao tirar o celular do bolso.
– Nem preciso mais pensar nisso, comprei uma bateria externa na Santa Efigênia, paguei R$ 20. Depois me manda uma mensagem Inbox pra eu lembrar de comprar pra você. Depois você me manda o valor no PayPal.
– Beleza, vou marcar aqui no EverNote que ele não vai me deixar esquecer hahah.
Viver online tem lá suas vantagens, mas é preciso dosar. Afinal, ninguém quer saber realmente se você estava no Aconchego Carioca ou no Octavio Café, muito menos se estava “emocionado” após assistir PS. Eu te amo, se não foi convidado para curtir na sua companhia.
(1% de bateria restante)
Também é preciso ver o lado bom das coisas. Os aparelhos móveis tem mil e uma utilidades que podem ajudar na sua vida como por exemplo
DESLIGANDO…
Atualizado em 03/2021
Foto por Gilles Lambert em Unsplash